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terça-feira, 10 de maio de 2011

A Autodidata

Saudações, mamíferos do meu Brasil varonil. Mais uma vez venho encher a mente de vocês com mais uma tentativa de fazer as pessoas refletirem e reconsiderarem preceitos que já deveriam estar batidos a décadas.
Para qualquer  representante da juventude brasileira (pelo menos em sua grande maioria), o epicentro do círculo social jovem se baseia no amado e odiado ambiente escolar. Sim, é na escola que qualquer adolescente que se preze atinge o ápice de sua influência comportamental e compartilha pensamentos semelhantes com personalidades semelhantes. Além, claro, da eterna necessidade humana de estar aprendendo sempre, mesmo quando alguns temas que nos cravam goela abaixo pareçam inúteis a curto ou médio prazo (por vezes longo prazo).
Besteira. Sério. NÃO EXISTE essa história de que nós precisamos da escola para interagir com o mundo exterior. O contato com pessoas de faixa etária e raciocínio semelhantes vem como consequência da sua própria busca por ele. Explica-se:  a escola não é a única fonte de contato social jovem. Longe disso. Por vezes, com sua característica extremamente disciplinar, limita e por vezes impede que as mentes mancebas compartilhem ideias e cresçam em conjunto.
E além dessa mórbida realidade que nos é imposta a partir dos malditos parâmetros que nos obrigam, nos chega à razão mais um mórbido fato, que talvez revolte em potencial os educadores e defensores da pedagogia: a única e exclusiva utilidade da escola na vida das pessoas é a de nos preparar para o vestibular.
É irrefutável a importância de uma boa faculdade. Entretanto, o preenchimento do nosso já limitado cérebro humano com ciências relativas a outros ramos, absolutamente distintas ao seu ofício, causa uma redução considerável na capacidade profissional das pessoas. O que digo é que, se por acaso, nós tivéssemos a oportunidade de dedicar nossa memória e raciocínio integralmente aos conhecimentos de nossas respectivas profissões, teríamos um mercado de trabalho muito mais completo e muito menos competitivo, dada a facilidade com a qual se poderia trocar de emprego ou especializar-se em áreas menos concorridas.
Não pretendo fazer uma revolução na nossa pátria tupiniquim e fazer com que destruamos todo o nosso sistema educacional (já precário) em nome do aprendizado por conta própria (batizado com o termo técnico Autodidata), nem fazer a cabeça dos jovens para que abandonem a escola. Se encararam isso como uma apologia à má ética e maus costumes, lamento, mas alguém precisa melhorar sua interpretação.
É provável que um ou outro esteja me condenando e praguejando o autor deste humilde e ignóbil texto. Tragicamente, não tenho o dom de agradar a todas as pessoas do mundo (ainda), mas seria muito útil para vossas mentes se, ainda que por poucos instantes, abrir a mente para uma possível nova realidade, capaz de melhorar drasticamente nossa vida em sociedade. Respeito ao máximo a opinião de quem discorda de minhas observações. O que você acha sobre a Autodidata? Será que um dia chegará a ser implantada em massa? E se isso acontecer, será bom ou ruim?



Ass.: Pedro Henrique


5 comentários:

  1. Pedro primeiramente eu sou sua fã, e concordo com quase tudo oq vc escreve, mas nesse post especialmente acho q vc tem poderes uahuahuha (brincadeira) explico, hj mesmo uma professora, uma amiga e eu estavamos exatamente descutindo sobre esse mesmo assunto, um estado que segue um "caderninho" com nada doque nós precisamos para saber sobre a vida ou um futuro, apenas um vestibular mais nada, isso é ridiculo apredemos tantas formulas e regras q nunca usaremos a não ser na escola mesmo, infelizmente estou no 3° ano e se por um acaso isso mudar, minha epoca de realmente aprender na escola vai ter passado, se realmente mudar fico feliz pelos novos alunos, mas como isso deve demorar e muito para ser corrigido, sinto raiva de quem acha q é o certo, e pena dos alunos que tem que passar por isso! escrevi um texto né, me empolguei uahuaha Beijoos

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  2. Pow, kra, isso já existe de certa forma, há cerca de 10 anos e no ensino superior, e se chama "educação continuada", e acho eu q é o msm princípio: manter um parendizado em nível progressivo na área específica q o sujeito escolher...
    Mas acho q deve, sim, implantar desde o ensino básico, afinal, o mundo a cada dia se torna mais exigente, e todo preparo é válido...
    Mas vlw, pelo post e pelas dicas, a ideia eh essa!!

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  3. *errata!!

    Aprendizado no lugar de "parentizado" (4ºlinha)

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  4. Didata - Capacidade de quem aprende alguma coisa a partir de um determinado método.
    Autodidata - Aquele(a) que aprende algo a partir de um método próprio, que é capaz de produzir algo por métodos distintos dos que são adotados em contextos de aprendizagem voltados para grandes grupos.

    O que eu penso sobre isso. Escolas, colégios, faculdades e universidades são lugares onde aprendemos a ESTRUTURAR o pensamento. Estruturamos o pensamento quando aprendemos a ver, no trabalho alheio, aspectos que não conseguimos reproduzir em nossos próprios trabalhos.
    Há uma relação dialética entre sistema de ensino ESTRUTURADO e sistema AUTODIDATA. Só é possível pensar no segundo quando fazemos a comparação com o primeiro...
    Também é verdade que sistemas estruturados costumam pagar salários...rsrsrs
    Ab,
    WS

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  5. ooow WS (anonimo) aí de cima, oq tu falou reproduziu exatamente o q eu penso do assunto!!

    vlw pela explicação, mto boa!!!

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