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sábado, 14 de maio de 2011

Uma Saga para os Pais #2 - Quebrando paradigmas culturais e teológicos (Parte 1)

Vivemos em sociedade, sociedade esta que é, em sua natureza, complexa. Para vivermos nesta sociedade, passamos primeiro pela nossa primeira comunidade, sendo esta, fundamental para nossa vida, chamada família. Com os líderes desta comunidade - os pais - aprendemos conceitos e regras vitais para sobreviver em um mundo perigoso, que requer astúcia e discernimento. O problema existente que quebra o vínculo entre a perfeição e esta primeira experiência em sociedade remete aos pais, que, por sua vez, não percebem seus papéis como tais, seguem conceitos esdrúxulos mantidos por gerações e abusam da autoridade carregada em seus ombros, tornando seus filhos, desse jeito, despreparados para enfrentar a vida como ela é.
O único, porém não pouco importante, papel dos pais é guiar. Esta tarefa se desencadeia em toda a vida do filho, até mesmo após seu crescimento e amadurecimento, porém, a cada época da vida do filho, o guiar significa algo diferente. Listarei para os caros leitores as denominações de guiar:

_Guiar  - Dos 0 anos ao ingresso dos filhos na escola - Significa proteger e cuidar. Nesta época, seus filhos são como cegos neste mundo, pois não podem se defender, ao menos, se manterem em equilíbrio.

_Guiar - Do ingresso na escola à adolescência - Significa ensinar e conceituar. Será nesta época que os pais deverão explicar a seus filhos os significados das coisas, como sexo e boas maneiras. Os pais deverão também construir uma relação de príncípios, mostrando sua autoridade.

_Guiar - Da adolescência à maioridade - Significa aconselhar e relacionar. Será a época dos conflitos, a época que os filhos estarão divididos em muitas realidades e terão que perceber o real valor da família. É a época que os pais terão que tratar os filhos como iguais, sem infantilizá-los, aconselhando-os com seus problemas e tornando-se amigos e confidentes dos tais, construindo uma relação não apenas baseada em deveres e ordens.

_Guiar - Da maioridade ao auto-sustento - Significa investir e libertar. Será a época que os pais se tornarão auxiliadores. É a época do ingresso na faculdade, do primeiro emprego, das conquistas... Os pais deverão apenas ajudar os filhos, porém não serão mais taxativos, pois agora a relação será mais amena e não se baseará em impor autoridade e sim em ajuntamento e comunhão.

_Guiar - Do auto-sustento à paternidade/maternidade - Significa acompanhar e separar-se. É a época que os filhos já não morarão mais junto aos pais, que os filhos terão suas próprias vidas... Os pais não deverão ser grudentos e pegajosos. A relação com os filhos não será mais diária e a separação existirá, porém, se os pais seguiram corretamente até então, a relação será perfeita, sem o menor risco de quebra.

Essas são as predefinições dos papéis dos pais na vida dos filhos. Porém, mesmo que pareça, não é fácil segui-las, pois a sociedade - não apenas a atual - tem gerado uma gama de falsas informações, de paradigmas, levados de geração em geração e baseados em uma má interpretação de conceitos corretos, que têm feito a "relação pais e filhos" totalmente banal e sem conteúdo. Como o post já se excede, ficarei por aqui e postarei a segunda parte desse primeiro post da saga para depois. Analise o que lestes até aqui, chame seus pais, pois esta nova saga do Monólogos é escrita para eles, eles precisam ler o que a sociedade tem insistido em não apresentar como problema!


Ass.: @lgr2k9

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