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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

...Saudade Dos Queridos Diários Adolescentes...

Saudações, mamíferos dotados de sapiência! Hoje vou postar sobre algo extremamente pertinente e que vai fazer uma diferença colossal nas suas vidas. Ou não... Gosto de fazer as pessoas pensarem que sim, portanto, finjam que essa postagem é sobre algo útil.

Há bem pouco tempo vivíamos aquele tempo que eu considero o mais áureo da sociedade: acordávamos aos sábados de manhã para ver TV Colosso, colecionávamos tazos de animais ameaçados de extinção, brincávamos de mês, pique-bandeira e verdade ou conseqüência na calçada até o sol nascer, jogávamos The King Of Fighters no fliperama, implorando por fichas a estranhos...

Um dos maiores símbolos dessa época era o maior confidente da adolescente (e de alguns exemplares masculinos suspeitos): seu diário. Com ele, a menina se abria, era franca, registrava tudo de bom ou ruim que acontecia e todas suas expectativas futuras. Frases célebres como “hoje eu falei com ele”, “odeio meus pais” e “minha menstruação veio hoje” sempre ilustrarão grifados nas páginas dessas verdadeiras auto-biografias que saíram de moda com o advento da internet.

Infelizmente para os irmãos caçulas curiosos, (sim, eu fui um deles!) o hábito de registrar seus maiores segredos em papel foi esquecido e substituído por costumes completamente opostos: unir-se a uma, duas, três ou 7.424 amigas e falar e se gabar de todas suas aventuras, compartilhar todos os seus medos e falar mal da vida alheia abertamente. Os homens, por outro lado, nunca tiveram o hábito de descontar toda sua frustração e dúvidas em seres inanimados. Sempre compartilharam sua grande variedade de assuntos (mulher, carro, mulher, futebol, mulher, carro, futebol e mulher). Pronto, ganhei pontos com o publico feminista do Blog o/. Brincadeira. Ou nao.

Queria fazer um apelo ao público feminino, masculino, neutro, jovem, adulto, deficiente, 日本の, animal (catalogado ou nao), vegetal ou mineral. Regressem ao hábito de registrar suas memórias, opiniões e desejos em um pedacinho qualquer de papel. Sério, nem precisa ser um daqueles cadernos universitarios. Quem sabe numa cadernetinha, ou naquele pedacinho final de papel higienico que você vê que não vai ser suficiente pra outras razões de uso (se não fui bem claro, quis dizer limpar o traseiro). Serio, imaginem que daqui a uns 7 ou 8 anos, que vocês reencontrarem essas memórias de um fundo do seu armário, você vai ter o deleite de lembrar detalhes que a leiga mente humana não foi capaz de recordar. Não quero apelar para aquela máxima que tenta levar-nos a assistir Vale a Pena Ver de Novo, Retrospectiva da Retrospectiva de 1999 e os especiaizinhos semanais do Video Show. Mas mesmo assim, a Globo tem razão quando diz que recordar e viver.



2 comentários:

  1. que lindo *-*-*-*-*-*-*-*


    aaaaaaaaa adoro achar diarios antigos e lembrar das coisas que eu fiz, que orgulho de mim por ter um diário *-*. ou não. tá, eu abandonei ele. mas é só uma questão de tempo ((:

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  2. Poxa adorei, simplesmente nostalgia kra!

    Deu até vontade de chorar

    http://cemiteriodaspalavrasperdidas.blogspot.com/2011/01/maldicao-do-amor-outra-face-da-logica.html

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