Continuarei aqui o que postei na primeira parte deste primeiro post da saga. Defini o papel dos pais na criação dos filhos e agora definirei os paradigmas impostos pela sociedade que são vitais e potenciais no fracasso da criação dos filhos.
Primeiramente, além de paradigmas, há valores que são mantidos nas paternidades que se tornam os maiores antagonistas da criação bem sucedida dos filhos por seus pais. A auto-suficiência, a falta de pesquisa, a arrogância, a falta de autocontrole e o egocentrismo são fatores que prejudicam o desempenho correto dos pais na criação dos filhos. Os pais, antes mesmo de adquirirem esta condição devem estar preparados para deixarem aspectos de sua personalidade que influenciarão negativamente na criação dos filhos. Pais não nascem sabendo como serem pais, e também não aprendem apenas com a prática, pois filhos não são como empregos ou tarefas domésticas, exigem muita sabedoria e dedicação. É para isso que esta saga serve... Para explicar aos pais o que mais eles erram e dar-lhes as ferramentas e o caminho ideal para corrigir seus erros. Você que é pai, lembre-se que há paradigmas impostos pela sociedade que você não deve seguir, pois são mentirosos e só influenciarão negativamente no sucesso de sua paternidade. Listarei alguns:
_Correção à base de violência resolve – Uma mentira, hoje combatida por lei, que ainda se torna regra de criação por muitos pais. Não é eficiente e se torna prejudicial, podendo gerar traumas e quebras na relação de confiança entre pais e filhos. Os religiosos tentam defender esta teoria com uma interpretação de uma passagem bíblica que diz que o ensino deve ser à base da correção “à vara”, porém, no sentido bíblico, vara remete a proteger e guiar, basta atentarmos ao famoso versículo bíblico que diz “a tua vara e teu cajado me consolam”. Assim quebramos esse paradigma cultural e religioso!
_Que eles façam o que mandares e não o que fazes – Outra mentira, mantida pela maioria das famílias, totalmente ineficaz e controversa. Os filhos, principalmente até a adolescência, se guiam pelo que vêem e não pelo que ouvem. Eles precisam ter um bom exemplo de vida de seus pais, pois eles aprendem o que é mostrado a eles e, se virem em seus pais, mentirosos e falsos, eles se tornarão mais próximos a esta realidade, prejudicando a si mesmos.
Esses são apenas alguns, mas, para que você, caro leitor, caso seja pai, entenda a natureza destes paradigmas, apenas atente a um fato: Tudo que você aprendeu sobre criação de filhos, que hoje é totalmente ineficaz é um paradigma que a sociedade impôs a ti. Pense nisso!
Pais também têm que saber que os filhos não deverão ser seus “bonecos de ventríloquo”. Digo isso, porque atualmente vejo muitos pais que tentam “fazer a cabeça” de seus filhos. Seus filhos não devem ser – nem serão – cópias idênticas de vocês, eles apenas serão criados por vocês. No momento que um pai vê em seu filho uma ferramenta de seu uso, perde sua identidade de pai! Queridos pais, lembrem-se também que o egocentrismo não pode reinar... Não esperem ao máximo que seus filhos façam tudo para seu bem ou para você. Você estará criando um filho para ter uma vida própria e para ter sucesso nesta, e não para dar alegria ou conquistas a ti. Pais também não devem privar seus filhos da realidade.
Os pais não devem ser produtos de uma sociedade já falida, pois assim presenciaremos a decadência – já está acontecendo – da família. Se a base da família é a confiança, porque a estratégia tem se tornado o foco dos pais? Para os pais recorrerem a uma estratégia para criar seus filhos, devem ter percebido que eles são um total fracasso na sua criação.
Lembre-se que seus filhos são futuros pais também e que sua forma de criar será a primeira referência deles como pais, logo neste trabalho não pode ter falhas!
Ass.: @lgr2k9
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