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terça-feira, 26 de julho de 2011

A moda neo-ocultista

Não, eu não faço este post para falar de mensagens subliminares em filmes como Harry Potter ou Crepúsculo, nem mesmo faço o post para criticar livros de Anne Rice, André Vianco ou Stephenie Meyer. Não quero me ater a discutir a influência do ocultismo na sociedade ou falar que sou contra as “investidas diabólicas – ou demoníacas – na sociedade”. Não faço este post para isso, pois acho uma falta de tempo debater uma inutilidade dessas, ainda mais neste blog. Ainda assim, não quero fugir do título, portanto o termo “ocultista” aparecerá neste post. Não se zanguem! Este post aborda estratégia publicitária, viral, o que está na moda, influência, público...
Não faz muito tempo que o filme Harry Potter e a Pedra Filosofal era lançado nos cinemas e ocupava grande destaque nas bilheterias mundiais. Já não faz muito tempo também que Stephenie Meyer, escritora de livros pré-juvenis femininos, lançava o primeiro livro da saga Crepúsculo, que renderia milhões de cópias vendidas e, pouco tempo depois, uma adaptação para o cinema, também muito assistida e comentada. Uma coisa em comum nos dois exemplos – e em todos os plágios vindouros destes – é que não se precisa ser original para ganhar sucesso, fama e um público fiel; tudo que se é preciso é de um bom referencial e um público-alvo que desconheça o tal. Explicarei melhor!
No primeiro filme da saga Harry Potter, o personagem principal – homônimo ao título – tinha onze anos de idade, uma criança sofrida que buscava um escape a sua vida triste. O público-alvo do filme eram crianças e pré-adolescentes e o filme obteve atenção desse público com sucesso. Por que o público esperado era esse e não um público mais maduro? Por que o público que era esperado não podia ter muito conhecimento de cinema daquele tipo, tendo como fator vital a surpresa mediante a saga. Uma saga de livros e filmes muito parecida – idêntica em alguns aspectos – com a saga Harry Potter tinha acabado tempos antes do primeiro filme. A saga se chamava História sem Fim. Muitos jovens viam Harry Potter como uma cópia de História sem Fim e não davam atenção para o filme, porém o público-alvo nem sabia o que era História sem Fim e se interessava em um filme daquele gênero.
A saga Harry Potter ainda conseguiu crescer com seu público – aderindo mais bilheteria a cada filme – e atingiu um sucesso fenomenal. O último filme da saga anda batendo recordes de bilheteria. Com a saga de livros Crepúsculo não foi diferente. Stephenie Meyer foi muito inteligente em fazer um livro romântico de vampiros com um tema mais adolescente, com um público-alvo menos maduro, pois há tempos atrás, uma grande saga romântica de vampiros fizera sucesso. A saga em questão chamava-se Crônicas Vampirescas, de Anne Rice. A saga contava uma história de um triângulo amoroso entre dois vampiros e uma vampira. Um grande sucesso da saga é o livro Entrevista com o vampiro, um dos volumes. Como uma grande saga romântica de vampiros já havia feito sucesso – e o público não gosta de repetições – Stephenie Meyer percebeu que precisava visar um público bem mais jovem, com menos cultura literária, que veria sua saga como original, sem ter outra experiência parecida.
Hoje em dia são intermináveis os títulos neo-ocultistas. São séries, filmes e livros, cada um mais ‘cópia’ de outro. O problema, que viabiliza a criação de mais e mais sagas “vampirescas”, “feiticeiras” e “mitológicas”, é que o público, além de se atrair por romances neo-ocultistas, não pesquisa nem se interessa por grandes títulos do cinema ou da literatura, não se interessa pelos clássicos. Hoje em dia, roteiros fracos são vistos, aceitos, ganham fama e sucesso de um público cada vez mais pobre intelectualmente.
Como eu disse, não quero me ater a criticar o neo-ocultismo, mas combato essa nova moda vampiresca de produções infames e imbecis, de péssima qualidade escrita e visual que fazem fama por aí – pelos “boomerangues” da vida – e diminuem a qualidade das produções audiovisuais. Aliás, Crepúsculo é um dos livros mais mal escritos que já li em toda minha “vida literária”.


Ass.: Lucas Santos

6 comentários:

  1. Concordo plenamente.Não entendo como esse tipo de coisa faz tanto sucesso.Histórias falsas e sem sentido pra mim.

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  2. Não entendi o "histórias falsas", mas entendo a indignação. Não fiz o post para atacar debilmente e sim para analisar...

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  3. É, estava na hora de alguém falar a verdade sobre Crepúsculo e Harry Potter, mas não são só eles que são "cópias" voltadas para os adolescentes, existem muitos outros por aí.. :S

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  4. Luiza, concordo com você. O post analisou especificamente o público adolescente destes filmes, mas sei também que em muitas outras áreas, surgem "cópias de cópias", por assim dizer...

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  5. thanks so much for share information..keep for sharing.

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