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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Individualidades e Liturgias

Como disse no último “amêsversário” do blog, agora sigo um sistema de postagem (temporário) semanal. Os textos serão publicados nas quartas-feiras, como havia dito e, por motivos que prefiro obscurecer, dado que não é preciso relatá-los, descumpri nesta semana e publico hoje este post, esperando que vocês, caros leitores, gostem!

Como acontece em todos os dias da minha vida pós-blog, a todo tempo fico pensando em um assunto que possa abordar em um eventual post. Normalmente escrevo sobre assuntos muito recorrentes, que me levam a ter que escrever. O assunto deste post não é diferente!

Ultimamente, tenho percebido que um conceito tem se desenvolvido veementemente nas mentes de muitas pessoas e se tornado até mesmo desculpa para não haver respeito a regras e mudança de hábitos. Pessoas simplesmente têm apreendido a ideia de que não podem ser criticadas ou terem suas atenções chamadas.

“Tenho que ser eu mesmo”, “O que importa é ser você”, “Ninguém toma conta da minha vida” são ideias que têm sido introduzidas facilmente nos encéfalos alheios. O que faço agora é relacionar porque eu não concordo com essas ideias, inteiramente, explicitando dois conceitos: Individualidade e Liturgia.

Pensando em individualidade, me vem à mente naturezas específicas de cada pessoa, que determinam ou adicionam características da personalidade desta. Sendo assim, o que me é individual é o que não deve ser mudado, pois me identifica. Não significa que ninguém pode restringir meus hábitos em determinados momentos, ou que eu não tenha que limitar minha natureza, que pratica determinada ação, em alguns momentos.

liturgia11_largeAí entra a liturgia... Liturgia é um termo muito ligado à religiões, mas não quero me render a tratar do assunto religioso. Liturgia se dá em um conjunto de comportamentos, de regras, de deveres que devem ser seguidos em determinados lugares. Sendo assim, devemos ser litúrgicos em diferentes ocasiões.

Exemplo de liturgia: Um homem é ateu, punk e anarquista, porém ele é advogado e tem, como cliente, um pastor democrata. Se ele não frear suas individualidades quando conversar com o cliente, tudo irá por água abaixo e o cliente ficará insatisfeito, prejudicando a vida do advogado. Ele precisará limitar suas vontades (principalmente de discussão) e seus modos de se apresentar.

como-poner-limites-hacerte-respetarNão é hipocrisia, é liturgia! É comportamento correto, é limitação própria! É apenas isso que queria dizer... Saiba impor limites às suas individualidades, pois isso acarreta diretamente no sucesso. Então, o que importa é ser você, mas o que se torna mais lucrativo é você saber mediar o “eu mesmo” com alguns limites.

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