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sábado, 27 de agosto de 2011

Velha Infância

quem foi tio sam Esse texto é especial pra você que é jovem entre 16 e 20 anos. Relaxa, não é uma vertente do alistamento militar. Mas eu imagino que, aqui, por um momento, vocês vão sentir como somos velhos e como já vimos tanta coisa quanto um cara que viveu durante 70 ou 80 anos na obsoleta era em que as maiores tecnologias dentro das casas eram o papel higiênico e o telégrafo.
Atire a primeira pedra quem nunca cantou repetitivamente o meloso refrão do grupo “Bala, Bombom e Chocolate” (também conhecido como BBC). Nunca ouviu falar? Puxa na sua memória. E se eu te disser que eu já fui lá, bati, liguei, deixei recado na caixa postal e não sei como agir? Pois é. Sabe quanto tempo faz que a gente ouviu essa música em todas as rádios brasileiras pela primeira vez? 11 anos. Em 2000, essa foi a música mais tocada nas rádios brasileiras.
bbc Toda vez que tocava essa música, eu, nos meus inocentes 8 anos de vida, largava todos os meus Geloucos no chão, e corria pra aumentar o rádio e cantar a altos brados desafinados. Meus Geloucos, que por sinal, incluíam exemplares de quase todas as séries da Coca-Cola. Desde a primeira, lançada em 1998, até a última, lançada em 2003. Isso mesmo. A primeira vez que você viu esses simpáticos bonequinhos de vidro que sempre sumiam sob a densa escuridão debaixo do seu sofá ou da sua geladeira, e que em casos esporádicos enfeitam prateleiras nostálgicas, foi há 13 anos.
Além do refrão impactante de Caixa Postal, ápice do pagode contemporâneo, outra marca desse início de novo milênio era o meigo 31 Minutos. Verdade era que o fato de ser exibido em um canal fechado, a Nickelodeon, limitava a popularidade de personagens como a Flor Bovina e os LLUEHHHB. Hoje, fazem 9 anos que dançávamos sem César pela primeira vez. Você, provavelmente, tinha entre GokuKamehamehainGT7 e 12 anos.
Mas não foi só de alegrias que se fez a infância dos descendentes imediatos da Geração Coca-Cola. Um trágico episódio macula as alegres lembranças de um tempo bom que não volta mais. Jamais vou esquecer. DragonBall Z. O  episódio mais esperado. Tinha acabado de assistir ao game interativo Garganta e Torcicolo, que animava minhas manhãs, e pus às pressas na Globo para dar tempo de assistir ao Goku chegar ao último nível Sayajin. Mas minhas expectativas foram interrompidas por aquela vinheta medonha (TODOS, sem exceção, independente da idade, cultura, sexo ou religião, têm medo do maldito Plantão da Globo) que anunciou ao Brasil a queda do World Trade Center. As imagens das Torres Gêmeas em chamas tomaram conta da programação da TV durante as 24 horas seguintes.
World Trade Center No dia seguinte, com as esperanças renovadas, liguei na atual detentora da maior audiência do país (vai que, fazendo publicidade, não ganho uma vaguinha lá?) pra ver finalmente o Super Sayajin nível 5. Não passou. Até hoje me pergunto se a Globo chegou a transmitir ou não o episódio interrompido.
Isso tudo, no início do atual milênio. Entre 2000 e 2003. Uma época mais simples. Mal sabia o que era sexo, não fazia idéia de como funcionava o processo eleitoral, jogava Nintendo e MegaDrive e sua maior preocupação era não deixar o seu Tamoagochi morrer de fome!

Ass.: Pedro, que não postava há tempos…

5 comentários:

  1. BALA BOMBOM CHOCOLATE *O*, aposto que lembrou de mim HOHO
    Charlie .

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  2. Eu tenho 22, mas fiz parte de algumas coisas aí descritas...
    o Dragon Ball Z era minha paixão! Vi todos os episódios, de todas as sagas, todos os vilões...
    nossa, eu delirava rsrsrrsss!
    aaaaaahhh, e eu tb era fera no nitendo!

    rsrsrss!!

    bjo bjo bjo
    http://paradoxoali.blogspot.com/

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  3. Eu pensei que era o único que assistia 31 minutos!

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  4. Nossa! Adorei a tua publicação. Atualmente, faço História e sempre que posso, relembro com amigos brinquedos, brincadeiras, programas e tudo aquilo que fez parte da minha infância de 90 para cá

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