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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Crítica à banda Restart, censurada

Aqui jaz uma crítica que tinha feito em meu outro blog, numa série de posts onde faço críticas à bandas de rock. Com medo de ser processado, o administrador cancelou este post. Como acho que essa crítica não pode ser esquecida ou não posta na internet, coloco aqui, para vocês, caros  leitores, lerem e criticarem a crítica… Fiquem à vontade!

restart1Tive muito medo ao, na relação de bandas escolhida para esta série de posts, colocar a banda Restart. Temi, mas após repensar, insisti em colocar. Tenho certeza de que 99,9999....% das críticas à banda são muito tendenciosas, para o bem ou para o mal, e foi esse meu receio. Agora, depois de um tempo sem postar por aqui, venho com essa crítica. Tomara que os leitores gostem do que vou escrever...

Lá pelo início dos anos 90, quando a onda do grunge acabava, uma nova moda chegava com muita força, eram os pop punks. Green Day, Sum 41, Blink 182 e outras bandas do gênero começaram a aparecer no cenário mundial da música e conquistar seus fãs, um público de faixa etária bem menor que o habitual da indústria da música naquela época, entre 11 e 18 anos.

sum-41-8Bases repetitivas, abusos na distorção, letras piegas, prolixas ou nonsenses, sentimentalismo extremo e vocais dignos de quem está na pré-puberdade era o que dominava o ambiente das músicas, o que era a sensação do público, que queria algo diferente, e via na rebeldia sem causa e nas roupas rasgadas a solução de seus problemas.

Pois bem, após o início da década passada, por volta de 2001 e 2002, no Brasil, com qualidade pior e repercussão maior, chega essa moda, agora introduzida à bandas nacionais, com músicas do estilo em português, com os mesmos defeitos. NX Zero, Forfun, Fresno (quando trocou o estilo), Hevo 84, Cine, Restart e mais outras bandas, ao decorrer da última década trouxeram uma versão “happy” do Pop Punk para o país e, como era de se esperar, alcançaram um grande público juvenil e adolescente.

Após fechar contrato com a MTV, principalmente, e com outras grandes empresas de publicidade e entretenimento, a banda Restart, nos últimos dois anos, alcançou uma fama impensável, nacional e internacional, mesmo com a pouca idade dos integrantes. E com eles aconteceu um fenômeno que acontece com poucos artistas... A cada crítica positiva, mil negativas vinham no pacote. E a cada crítica negativa, mil novos fãs vinham no pacote. E assim, Restart se tornou uma banda de extremos, de gente que odeia e gente que adora seu estilo.

O que posso falar da banda, sem me tornar extremo?

Com certeza, não quero analisar nem mencionar o modo que eles se vestem ou a sexualidade dos membros da banda, pois seria irracional colocar isso como tópico da minha crítica. Muita gente não percebe o preconceito e a discriminação contidos nas críticas sobre a banda Restart.

O que posso falar é que eles são um caso de banda que começou antes de saber como começar. Antes de aprender mais sobre música, aprimorar seus talentos, melhorar o vocal, escolher um estilo adequado, aprender a compor boas canções... Eles começaram. Antes de saber ser uma banda, eles já gravaram CDs e tiveram sucesso.

Eu acho que essa pressa, essa afobação, esse começo antes da hora, que prejudicou totalmente a banda. Não falo também que eles tem um talento ainda guardado que se for despertado os tornarão a melhor banda brasileira de todos os tempos, mas acho que se eles melhorassem, poderiam se tornar talvez um novo Balão Mágico, quem sabe!?

PS1: Existem boas bandas de Pop Punk...

PS2: Eu respeitava o Balão Mágico e só disse isso porque acho que Restart se enquadraria bem ao público respectivo.

2 comentários:

  1. A crítica que vc faz ao Restart é quase um elogio. Vc diz que "banda que começou antes de saber como começar. Antes de aprender mais sobre música, aprimorar seus talentos, melhorar o vocal, escolher um estilo adequado, aprender a compor boas canções... Eles começaram". Ora, isso os associa às origens do Punk, na sua puríssima essência. E isso me parece um equívoco, já que o som, a atitude, a mentalidade do Restart não tem nada a ver com Sex Pistols ou The Clash. Acho que você evitou uma crítica arbitrária e previsível, mas não acertou na mosca quando tentou criticar a banda. Abs

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  2. Obrigado, Carlos, por acessar meu blog e compartilhar sua opinião...
    Mas, como você diz que Sex Pistols e The Clash se encaixam na categoria "banda que não escolhe um estilo adequado", ou "que nao compõe boas canções"?
    Sex Pistols surgiu na Aristocracia Inglesa dos anos 70, aquela que mais era uma autocracia. E eles fizeram músicas críticas e polêmicas, que até hoje são revolucionárias.
    Acho que não leste bem, quando me referi ao POP PUNK, não ao PUNK (Street, principalmente)...
    Obviamente, é impossível comparar Restart à Sex Pistols. E eu não fiz isso...
    Prevísivel, até concordo em termos, mas arbitrária? Não consigo/me proponho a ser arbitrário neste blog, pois valorizo as opiniões, que completam o sentido de meus posts.
    Sinceramente, colocaste alguns pontos um tanto equivocados no comentário.
    Mas...
    Obrigado por vir, que o que comentei sirva apenas para o esclarecimento! Volte sempre!

    Ass.: lgr2k9 [admin]

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