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terça-feira, 19 de julho de 2011

O ato de “pecaminar” e a libertinagem religiosa

Não quero que vocês, antes de lerem o post, achem que eu gosto de fazer sacrilégio, sou um inimigo das igrejas ou qualquer coisa do tipo. Pra falar a mais pura verdade, eu sou crente, cristão, protestante, evangélico... ou qualquer categoria do tipo... E, por isso, eu não gosto, não admito, nem consigo postar para criticar minha religião. Também não sou a favor de extremos, obviamente, e, logo, não escrevo posts no “Monólogos Escritos” para evangelizar ninguém, pois este não é o intuito do blog! Não quero também que, se este post der fama, pessoas fiquem comentando coisas do tipo “evangelicozinho de merda, cala a boca”, pois acho um desrespeito zombar as pessoas por religião! Após explicações, agora o post – que não se refere a este primeiro parágrafo – começa! Tenham todos uma boa noite!
Tudo que leva alguém a pecar é chamado de pecaminoso, o ato de ditar que algo é pecaminoso, eu denomino como “pecaminar”. Não sei se a palavra existe ou faço um neologismo, mas o que importa é que atualmente as pessoas mais extremistas têm esta atitude e criam coisas não ditadas em suas religiões, provocando muita polêmica.
Falo da atualidade, mas não é mentira que há tempos as igrejas brasileiras eram equivocadas e extremas, ao ponto de proibir o uso de guitarra e bateria, o uso de calças pelas mulheres ou até mesmo que homens sentassem ao lado de mulheres. Tudo era falta de instrução por parte de uma igreja ignorante, que não tinha conhecimento pleno dos preceitos de sua religião.
Há outros dois problemas na igreja atual, muito mais presentes e aderidos nesta, que me tiram do sério. São estes a “teologia da prosperidade” – doutrina seguida pela grande maioria da igreja cristã brasileira – e a “abolição dos pecadores”. Explicarei os dois!
Há tempos, um pastor americano, chamado Kenneth Hagin (perdoem-me se eu escrevi incorretamente o nome do pastor) introduzia uma nova doutrina, chamada por alguns de “Teologia da Prosperidade”, chamada por mim de “Rhonda Byrne Gospel”, que pregava uma tese totalmente egocêntrica e hedonista no cristianismo. A “Teologia da Prosperidade” é a doutrina que defende que uma pessoa cristã não pode sofrer e deve ter toda riqueza que quiser, tendo autoridade e autonomia para realizar todos seus sonhos e viver feliz em sua terra. Mesmo não sendo de acordo com uma infinidade de passagens bíblicas, esta teologia veio ao Brasil – país onde, por pura coincidência, foi bem aceita por muitos pastores – e é base das maiores congregações nesta nossa pátria, como aquela que tem “pare de sofrer” como slogan, aquela que tem uma “gruta dos milagres” ou até mesmo aquela do pastor emergente que usa um chapéu de caubói! A teologia só é aceita porque a igreja tem deixado de ser religião para ser uma empresa de publicidade que tem o intuito de atrair apreciadores e adeptos...
A “abolição dos pecadores”, como chamo, é o total oposto do ato de “pecaminar”, como expliquei anteriormente. As igrejas entraram numa moda de aceitar tudo sem examinar! Hoje em dia qualquer um pode pregar, qualquer coisa pode ser vista, ouvida ou apreciada, qualquer lugar pode ser freqüentado por um cristão. A igreja então se torna uma inutilidade, melhor dizendo, uma futilidade! Eu já vi tantos pastores que não sabiam nem a ordem dos livros da bíblia chegando ao púlpito para falar barbaridades à membresia. Já vi tantos “crentes” fazendo tantas coisas que não condiziam com suas regras.
Tenho conhecimento da má fama que a igreja cristã recebe e acho que é mais que justa! A igreja não tem se comportado corretamente. Pra ser mais polêmico e verdadeiro, acho que até os integrantes do movimento LGBT (movimento infantil de disputa de estrelato cotidiano) têm tido mais moral para defender sua “corrente ideológica” que a igreja cristã brasileira. Não quero que a igreja tenha “boa fama”, pois este não é o intuito verdadeiro de uma igreja cristã. Quero que a igreja cristã retorne aos seus ideais, prescritos na bíblia, e deixe de mover multidões e pregar barbaridades.
É um fato que este foi um post bem específico, porém, caro leitor, não ache que sou um crente fanático ou que só posto coisas do tipo. Não ache que desrespeitarei você por ser de outra religião ou que não aceito discussões do tema. Só estava muito tentado a escrever sobre isso e tive de fazê-lo! Saudações monologueiras para todos vocês!


Ass.: Lucas Santos (parei de assinar com o twitter...)

Um comentário:

  1. Parabéns, muito bom esse post. Concordo com tudo que vc disse. Todo, cristão, evangélico ou crente, deveria ler esse post.

    Ass: Pablo Aciole.

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