Primeiramente, o argumento:
“Tenho mulher e três filhos, estou desempregado há dois meses, moramos de aluguel, vamos ser despejados se eu não pagar desta vez, e não encontro nenhum emprego. Estou te assaltando porque estou passando necessidade e preciso do dinheiro, estou numa situação bem pior que a sua, tente me entender”
Bom, primeiramente, quero destinar-me ao enfoque financeiro, e logo após, ao moral.Posso entender a situação, mas não posso compreender como isso pode favorecer a “necessidade de assaltar”. E agora entro no enfoque moral. Ao invés de procurar seguro-desemprego e bolsa-família, buscar uma qualificação em algum curso público, procurar emprego ou qualquer coisa, o indivíduo prefere comprar uma arma e sair para assaltar?
Chamam o Brasil de país da desigualdade e da corrupção, mas é também o país do individualismo, da apatia e de tantos outros males sociais, que passam despercebidos por nossos olhinhos, ou pelo menos fingimos isso.
A cidadania exige um aborto do egocentrismo e individualismo viciosos. Não dá pra um país justo coexistir com uma realidade cruel, que não é discutida, repensada e, posteriormente, transformada. Acho que não tem palavra de consolo ou esperança para esse último parágrafo, e isso é triste, mas a situação está realmente assim, só não vê, quem não quer!
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