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domingo, 22 de janeiro de 2012

Um texto, um jogo, uma maçã

Penso que é sempre bom escrever sobre episódios vividos, sobre o que eu vivo. Seja a coisa mais fútil, sempre quando o que é relatado e comentado é também vivido pelo autor, o texto ganha um brilho, uma originalidade. Claro que não me refiro ao nível de cotidiano relatado daqueles extintos – ou usado por donas de casa desavisadas – fotologs, flogões e por aí vai.

Faz algum tempo, talvez até semanas, que me sinto em uma crise criativa, sem aquela sensação que sempre tenho, de uma campainha tocando, uma lâmpada ligando, uma ideia chegando... Estava realmente preocupado, afinal estou escrevendo um livro, que já tem um esqueleto, um conteúdo definido, porém com esta crise, eu não estava conseguindo escrever novos capítulos com alguma qualidade, desistindo sempre e adiando a volta ao batente.

Percebi que esta crise criativa estava ligada a três elementos que se tornavam constituintes de minha rotina de férias: tensões, compromissos e ócio. A combinação fatal de, a cada dia das férias, ter algum embate com certas pessoas, algum conflito, de não ter tempo para mim, sempre compromissado com diversas coisas, e do ócio que cresceu após voltar a ficar mais em casa que fora desta, apenas com os mesmos meios de entretenimento. Este fora o motivo de minha crise criativa.

Para a alegria do cidadão ou cidadã que agora chega a este parágrafo, a crise acabou. Claro que sempre estarei sujeito a ela, mas no momento estou com criatividade para 1000 posts. Acredito que os mesmos cidadãos, que chegaram a esta parte do texto, não entenderam o nexo do título do post com tudo que até agora escrevi. O título é importante, pois foi por causa dos três itens descritos que minha crise acabara.

Desde xx/01/2012, eu lá vou lembrar da data! comecei a repetir, não sempre, mas por várias vezes, esta rotina: um texto, um jogo, uma maçã. Pela manhã, fiz o que sempre andava fazendo, logava no facebook, no twitter, via meu e-mail, lia os artigos do Carta Capital, do Jornal O Globo, do UOL Notícias e até mesmo do MSN Brasil. Após isso, comecei a jogar God Hand, um jogo de Playstation 2 em que o objetivo principal, secundário e geral é bater nos adversários e não morrer. E comer uma ou duas maçãs, e fazer suco de maçã, também se tornara minha rotina.

Talvez nada disso tenha feito minha crise criativa acabar. Talvez tenha sido a real razão, mas também é provável que este post não tenha acrescentado nada à sua vida. Meu intuito não é dar uma de propagandista e dizer “está com crise criativa? Leia Carta Capital, jogue God Hand e coma uma maçã!” [...] Apenas quero concluir que é normal passar por adversidades, por problemas, por crises. Todos passam. Não há problemas nisso, não há também uma fórmula mágica para se escapar de todos os problemas. A vida tem prós e contras, nós não temos manual para tudo que vá acontecer. Então não fique surpreso se um texto, um jogo e uma maçã forem sua salvação alguma vez.

Um comentário:

  1. é incrível a tua notável habilidade de falar de forma envolvente e redundante sobre absolutamente PORRA NENHUMA!

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