Sociedade Ditatorial #3 - A Ditadura do Comportamento

Vivemos em sociedade e, por causa disso, devemos seguir regras e imposições feitas pela tal. Seguimos padrões para nos relacionarmos, sobrevivermos e evoluirmos. Esses padrões – na maioria das vezes – são bases para podermos conviver e nos manter como cidadãos que somos. O problema é quando são criados padrões que nos tornam escravos destes e nos privam de poder manifestar nosso jeito e nossa forma única de ser. Os padrões desvirtuados e errados são cada vez mais empregados em nós, simples cidadãos. Devemos tomar cuidado para não nos influenciarmos ou seguirmos certas “regras” que nos proibirão de ser quem nós realmente somos.

Antes de continuar, quero novamente lembrar, que, nesta saga, não quero falar de influências, porém apenas de ditaduras, que são coisas bem diferentes, pois influências nos guiam e ditaduras, nos obrigam.

A ditadura do comportamento, então, seria todos os esforços que a sociedade ou elementos desta fazem para nos manipularem e decidirem o que poderemos fazer, em quais circunstâncias e em que lugares. Então qualquer imposição de falsa autoridade sobre nós pode ser considerada ditadura. Se um professor manda você se calar em uma prova, ele não faz mais do que o papel dele como professor, pois naquele lugar e naquelas circunstâncias, ele tem a autoridade imposta sobre si para tomar aquela atitude. Não é sobre isso que quero falar... Um exemplo de ditadura do comportamento sendo imposta seria se na mesma escola do professor do último exemplo houvesse uma viagem a um museu. Nesta viagem, imagine que, só se poderia ir quem ouvisse rock alternativo, gostasse de futebol e tivesse chinelos vermelhos.

O exemplo foi meio nonsense, mas serve apenas para você perceber que ditadura do comportamento se caracteriza por filtrar as pessoas segundo padrões fulos e inúteis para excluir outras. Atualmente, esta ditadura é muito imposta, em locais de trabalho, escolas, famílias e quaisquer outras “subsociedades”. Pessoas só aceitam outras em seus grupos, se for identificados gostos iguais, estilo de fala e pensamento iguais, ou até roupas iguais. Se aproximar de alguém por identificação não é pecado, mas, excluir tudo e todos que não obtiverem seu jeito de viver como fator principal em suas vidas, é uma atitude ditatorial, que só irá prejudicar o autor desta “eugenia qualificada”.

Só peço para você, caro leitor dotado de sapiência, não seguir certos padrões de ingresso em “grupos sociais”, pois seu jeito de ser ou de se comportar deve ser protegido de ditadores babacas que acham que o mundo deve ser governado por suas opiniões e gostos. E se você já fez esta “eugenia” com alguém à sua volta, volte atrás, peça desculpas e não tome isso adiante, pois, no fim das contas, você poderá perceber que pessoas não são coisas, que podem ser caracterizadas ou catalogadas segundo nossas opiniões e que relacionamentos se baseiam em aceitações e, não, em domínios e exclusões.




Ass.: @lgr2k9


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