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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Coisas de amor

Como criar um poema de amor?
Como fugir das casualidades constantes, do clichê, do bobo, do irritante?
Como dizer coisas de amor, cantar coisas de amor, pensar no amor, sem julgamentos e preconceitos?
Aliás, ao que remeto quando falo de amor?
Não falo do amor superficial, mecânico, fruto de um modismo de uma sociedade acostumada à praticidade!
Quando falo de amor, lembro do amor do tempo de meus avós, do amor shakespeariano
Aquele amor que era maior que o medo, que a morte, que os problemas…
O amor verdadeiro, entre almas distintas ligadas por um sentimento puro e sincero.
Não era um amor que sobrevivia até certos limites, como falta de dinheiro, rotina ou náuseas de desacostumados à monogamia
O amor que falo é aquele que alegra, cativa e liberta a felicidade da prisão mais murada que a angústia ou a solidão podem criar
Um amor que não pode ser comparado a nada, pois nada tem algum valor com pequena semelhança a ele
O amor que ultrapassa as ideologias, as regras de conduta, os deveres, até mesmo a ética
O amor que racionalmente é louco, porém até mesmo os mais racionalistas são loucos para obtê-lo
O amor que não é categorizado, pois não importa se é fraternal, platônico, conjugal ou maternal
O amor que é apenas amor e não precisa de explicações, de discussões, de estudos preliminares ou quaisquer baboseiras empíricas
É justamente o sentimento mais simples que desejo utopicamente ver manifestado no dia a dia
Não são teorias, conceitos, ideologias ou estudos que vão melhorar as relações alheias!
É justamente o indefinível que permitirá uma sociedade mais justa, unida e feliz!
É justamente a posse deste sentimento sublime que trará uma essência suprema ao coração das pessoas
Que nasça o amor, que viva o amor, que dancemos o amor, que desfrutemos do amor, que sejamos o amor!

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